O primeiro passo ao se iniciar uma dieta, é compreender a metodologia aplicada à prescrição.
Dieta nada mais é do que o hábito de se alimentar, associado a algum objetivo: emagrecer; equilibrar e manter taxas, como colesterol, glicose, ácido úrico…e estes objetivos jamais atingiremos se nos expusermos aqueles movimentos extremamente restritivos que vemos surgir a cada verão – uma estação muito apelativa ao emagrecimento.
A grande maioria das pessoas se preocupa com o quanto estão comendo, ou seja, despendem tempo e atenção sobre a relação quantitativa das refeições, enquanto na verdade deveriam se preocupar antes de mais nada com o que estão comendo, que seria a relação qualitativa e acredito que mais importante da dieta, especialmente quando o trabalho é de reeducação alimentar.
As pessoas podem e devem comer com liberdade, atingindo o estímulo de saciedade pelo sabor, pela palatabilidade do que estão consumindo. O centro de saciedade, apetite e fome se encontram em nosso hipotálamo e dependemos de seu bom funcionamento para sabermos o momento adequado de parar de comer, respeitando nossas necessidades orgânica e nutricional. Quanto maior for a mistura de alimentos numa mesma refeição, mais lenta e tardia será a resposta hipotalâmica. Um exemplo: ao comer salada de frutas, você estará combinando frutas de sabores ácidos, doces, azedas…a informação oral é muito grande, é como se fosse uma“linha cruzada” em nosso cérebro. Diferente de se optar por uma fruta e comê-la livre de quantidade. Fazendo um “teste” em casa você verá que seu consumo quantitativo será significativamente menor ao escolher uma única fruta e os estímulos de saciedade serão plenos em suas funções. Isto se aplica para carnes, leguminosas, cereais e raízes. Apenas as hortaliças gozam da liberdade de podermos misturá-las, colorindo cada refeição em que se fazem presentes, construindo um hábito lúdico, não permitindo que seja monótono e sim, fundamentalmente prazeroso.